quarta-feira, 24 de junho de 2009

Anarriê

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Hj senti o cheirinho da fumaça que a gente só sente nesse período junino; não sou ativista do Greenpeace, tampouco fã das queimadas, mas o clima frio e esfumaçado da festa, me remete a um passado beeeem distante... De imediato uma explosão de lembranças, e a recordação de pessoas, cenas, momentos, invadem minha cabeça numa velocidade estonteante, e me transmitem alegria, tristeza, saudade; sobretudo saudade.

É que dia desses tavam pintando um bigode e me puxando pela mão pra festa da escola sabe... Eu tava assando milho na fogueira do vizinho, estourando o "traque de massa"... E claro, logo cadinho, teria mexido o calderão da canjica sob os olhos e monitoria de minha mãe, doido pra herdar o dito cujo... Ah como era legal. Muito legal.

Hoje, longe da comida de milho de mãinha, me resta comprar algo pronto na padaria aqui perto, e da janela da sala, fazer um esforço pra sugar um xeirinho de fumaça, um pouquinho da festa que não tem mais o mesmo significado, mas que me remete a um tempo super gostoso e divertido, em que minha única preocupação era esperar o calderão esfriar.

A gente cresce muito rápido, e o tempo passa numa velocidade assusadora, isso é óbvio e inevitável eu sei; mas quando a gente passa dos 30, acredite: Tudo que há de novo, ou que se apresenta como tal, nos faz mergulhar numa nostalgia inacreditável, nos faz estabelecer comparações e aferir valores que inevitávelmente nos entristecem, e claro, nos faz cada vez mais saudosistas.

Olha pro céu amor...

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