sexta-feira, 22 de maio de 2009

Convergência Digital

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Estudio da rádio cidaade no final dos anos 80

Minha paixão pelo Rádio e pela comunicação começou desde criança; sempre fui fascinado e me senti atraído com a possibilidade de dizer algo de uma só vez a muitas pessoas, coisa mesmo de filho caçula, que por ter irmãos bem mais velhos e chatos queria se fazer notar e ouvir; e que àquela época, já enxergava no rádio a plataforma ideal para "impor" seu discurso e empurrar ouvido a dentro suas impressões do mundo...


Anos depois, pude finalmente visitar uma emissora de rádio pela primeira vez, e me apaixonei à primeira vista pelo que vi; fiquei maravilhado com a quantidade de equipamentos no estúdio, vários toca Cds, toca discos (vinis), cartucheiras(uma espécie de tocadores de fitas cassete) amontoados uns sobre os outros, além de pilhas e pilhas de discos e fitas...Aquela visita nunca mais saiu da cabeça, e sempre que alguma discussão evocava o futuro e o que eu aspirava fazer nele, aquela mesma imagem surgia abruptamente. Não havia dúvidas.


No tempo devido, me inseri no mercado e os estúdios em minha vida; mas diferente daquela imagem que eu ainda guardava da década de 90, uma nova realidade voltou a me surpreender nos idos de 2000. Os discos, cds, cassetes, fitas, gravadores de rolo, as estantes de equipamentos e os avisos colados pelas paredes; haviam sido trocados por apenas 2 PCs ; e o rádio transformado-se em algo muito diferente, mais dinâmico, ágil, cheio de possibilidades, parte da magia do passado havia sumido, virado museu, a informatização das emissoras e a digitalização das mídias estavam consumadas.

Estúdio da Rede Estação Sat 2008

A convergência e a interação entre ou diversos formatos, facilitaram sobremaneira a forma de fazer e ouvir rádio; as ondas eletromagnéticas do AM e do FM, agora podiam se irradiar e ganhar o mundo através do satélite; os processos de gravação e edição de aúdio, outrora realizados quase que artesanalmente com o uso de fitas rolo; podiam ser feitos numa plataforma rápida e precisa sem o uso de qualquer mídia, bastando apenas um software; o som do rádio invadiu a web, à interação entre locutor e ouvinte antes restrita ao telefone, somaram-se os e-mails, os chats, o Orkut, os SMS, o Twitter. E assim, o comunicador transformou-se antes de tudo num operador de sistemas digitais, que por sua vez, permitiram também uma fantástica interação em tempo real com o ouvinte. Os estúdios diminuíram, o mundo se apequenou, e o rádio chegou mais longe.

Postado ontem no meu blog Parabólica.

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