terça-feira, 12 de outubro de 2010

Estupro ideológico...

terça-feira, 12 de outubro de 2010



Dia 12 de outubro é, antes de mais nada, um feriado religioso. Dia da Padroeira do Brasil. prática cúltica que deveria ser apenas da Igreja Católica Apostólica Romana - o fato de ter uma "padroeira" -, portanto restrita aos fiés Católicos Romanos, passa a ser, por uma imposição quase ditatorial, extensiva às demais crenças. Ou seja, o "crente" brasileiro tem uma padroeira católica; o Kardecista brasileiro tem uma padroeira católica e até mesmo o ateu brasileiro tembém tem uma padroeira católica. Um país inteiro parado por causa de uma religião, em detrimento das muitas outras existentes. Isso é um típico caso de beneficiamento religioso. Isso pressupõe, de forma extremamente pretenciosa, que uma 

Nosso país não tem mais uma religião oficial. Por isso mesmo é um país laico. A Constituição Federal de 1988 assevera que todos são iguais perante a Lei e em seu artigo 5ª inciso VIII, afirma: “Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa”.C ontudo, isso é verdadeiro apenas em tese. Como a maioria dos nossos gestores e parlamentares ainda são predominantemente ligados ao Catolicismo Romano, agem como se não soubessem dessa realidade e usam da sua condição para beneficiar sua igreja, vivendo ainda propositadamente pela Constituição de 1824, que ratificou o Catolicismo Romano como a Religião Oficial do Império, em seu artigo 5º:


"A Religião Catholica Apostolica Romana continuará a ser a Religião do Imperio. Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto domestico, ou particular em casas para isso destinadas, sem fórma alguma exterior do Templo".


Uma prova disso é o financeiamento público de reformas das igrejas Católicas Romanas, sob pretexto de patrimônio cultural. O fato é que existem igrejas Católicas sendo restauradas com dinheiro público, proveniente de impostos e taxas de pessoas dos mais variados credos, enquanto suas próprias igrejas/terreiros nada recebem. E não deveriam mesmo receber. O dinheiro público não deve ser investido em nenhuma entidade religiosa. Essas devem prover seus próprios meios de subsistência. Outro exemplo clássico foi a homologação de tombamento do Terreiro Aleketu/Ialorixá, pelo ex-ministro da cultura Gilberto Gil (adepto do camdomblé). Se esse tombamento era devido, que gerará a obtenção de recursos públicos, por que não foi feita antes?  

A teologia reformada sempre ensinou a clara separação entre Igreja e Estado, especialmente em suas vertentes calvinistas. O próprio Calvino abordou o tema no último capítulo das Institutas (Livro IV, Cap. 20), intitulado “O Governo Civil”. Ele afirma na Seção 1: “O reino espiritual de Cristo e a ordem civil são duas coisas completamente diferentes”. E ainda: “Assim como acabamos de indicar que o governo temporal é distinto do Reino espiritual e interior de Cristo, também temos de saber que eles não são contraditórios”.
íntegra AQUI

1 comentários:

Ane Gregório

Caramba, como isso é verdade! Infelizmente tenho uma padroeira forçadamente, gostei do ponto de vista desse arquivo.

 
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