Os pecados da Guerra nos bordéis do Recife e de Natal
Publicado em 29.08.2009, às 16h58
Wagner Sarmento Do Jornal do Commercio/Especial para o JC OnlineNem só de patrulhas, comboios e combates viviam os militares que atuavam na Quarta Frota Americana e nas Bases Aéreas do Ibura e de Parnamirim.
Recife e Natal, além da importância estratégica na guerra, eram palco de diversão e pecado. Em tempos de batalha, bordéis se multiplicaram nas duas cidades. As moças não hesitavam em se oferecer aos americanos. A volúpia de ambos os lados fez com que doenças venéreas se espalhassem como praga.
A diferença entre o recifense e o natalense era que o primeiro nunca assimilou o fato de as mulheres locais preferirem ser cortejadas por americanos. "No Recife, havia briga direto. Já em Natal, os rapazes até gostavam, pois os americanos touxeram dinheiro para a cidade", compara. Até os abrigos antiaéreo natalenses eram usados para encontros íntimas.
A presença americana acarretou mudanças culturais. "Antes, o nordestino só vestia paletó, gravata e chapéu. Depois da guerra, incorporaram o jeito do americano se vestir e passaram a usar camisas de mangas curtas", conta Marinho. Expressões como "ok" e "bye bye" introduzidas no dia a dia do recifense e do natalense. Eletrodomésticos e até a Coca-Coca desembarcaram no País com os militares de Tio Sam.
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